Apple se recusa a colaborar com Justiça e FBI

No dia 16, um juiz da Califórnia ordenou que a Apple coopere com o FBI no caso do tiroteio em San Bernardino, onde 14 pessoas foram assassinadas. A empresa, contudo, anunciou que recorrerá da decisão que a obriga a facilitar o acesso das autoridades aos dados armazenados no celular de um dos autores do tiroteio. Embora ao longo dos anos a empresa tenha cooperado com o governo, desde 2013 a postura tem mudado em favor da preservação da privacidade de seus clientes. O pivô para essa mudança foi a exposição do programa de coleta massiva de dados da Agência Nacional de Segurança, trazida à tona por Edward Snowden. Autoridades de outros estados dos EUA também reclamam do sistema de encriptação da empresa. O promotor distrital de Manhattan, Cyrus R. Vance Jr, afirmou que investigadores estão impedidos de investigar aparelhos em 175 casos. Vance Jr. afirmou ainda que seu escritório, assim como o FBI, está se preparando para apresentar alguns desses casos à justiça. Tim Cook, CEO da Apple, afirma que a empresa é incapaz de prover acesso ao dispositivo sem desenvolver novas ferramentas. Segundo ele, além de violar direitos civis, seria um risco à segurança nacional, pois tais ferramentas seriam facilmente exploradas por hackers ou governos estrangeiros, como a China. A Apple possui o apoio de gigantes do ramo de tecnologia, como a Google, que desenvolve seu próprio sistema de encriptação sem porta de acesso para terceiros. A Casa Branca, até o momento, não tem se mostrado disposta a recorrer ao Congresso para forçar as empresas a colaborar com as autoridades.

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