Faltando duas semanas para a COP21 de Paris, os republicanos voltam a tentar enfraquecer a posição do presidente Barack Obama na próxima reunião internacional sobre mudança climática. Depois de votar contra um dos pilares da política ambiental do governo para redução de emissões das termoelétricas, a oposição pretende impedir a doação de US$ 3 bilhões para o Fundo Climático Verde da ONU. O programa espera coletar US$ 100 bilhões anuais para desenvolver projetos climáticos em países pobres após 2020, meta tida como essencial para o avanço das negociações. A primeira iniciativa contra o fundo foi uma carta à Casa Branca alertando que a verba não será liberada sem que o eventual compromisso climático negociado na ONU seja aprovado pelos senadores. O argumento está fundamentado na competência constitucional do Senado para ratificar tratados assinados pelo Executivo. O problema nesse caso é que o Partido Republicano controla a maioria no Senado e é abertamente contrário a negociações climáticas que imponham quaisquer limites ao país. Outras medidas similares vêm sendo tomadas pelos republicanos junto a comitês legislativos. Obama já anunciou que vetará qualquer resolução do Congresso que impeça o país de engajamento na governança global para o clima. Como os republicanos não possuem maioria qualificada de dois terços para derrubar vetos presidenciais, a campanha é vista pelos democratas como teatral. Além disso, o secretário de Estado John Kerry já declarou que não pretende assinar um acordo internacional de caráter obrigatório, o que o desobrigaria de aprovação legislativa.