Energia e Meio Ambiente

Iniciativa naval no Ártico visa competição com a Rússia

Estimular a construção de navios quebra-gelo para operar no Ártico é a mais recente ideia do presidente Barack Obama para reverter o atraso dos EUA na exploração de recursos da região. Lançada na viagem do presidente ao Alasca, no dia 31, a proposta adianta em dois anos a substituição de um quebra-gelo antigo, inicialmente prevista para 2022. Outros navios deverão ser entregues posteriormente. Cada embarcação custa aproximadamente US$ 1 bilhão e o orçamento precisa ser aprovado pelo Congresso. O presidente também anunciou um plano para mapear os mares locais e instalar equipamentos para medir os efeitos da mudança climática, incluindo um satélite que calcula a espessura da calota polar. Ambientalistas diziam que a viagem de Obama, a primeira de um presidente dos EUA para além do Círculo Polar Ártico, simboliza a hipocrisia de sua política ambiental. Por sua vez, o governo alega que o derretimento polar decorrente do aquecimento global é inegável e que os EUA perdem espaço para outros países ao resistir em atuar na região ártica. O principal concorrente é a Rússia, que possui 40 navios quebra-gelo e outros 11 em construção, contra 3 dos EUA. Além de possuir as maiores reservas estimadas de petróleo e gás no Ártico, a Rússia tem experiência com navegação nesse tipo de geografia hostil. Estima-se que a região contenha 13% de petróleo e 30% de gás inexplorados no mundo. Para o governador do Alasca, Bill Walker, a necessidade de atuação naval dos EUA é urgente. Segundo Walker, a Rússia pretende reativar 10 bases militares e construir mais 4 na região, no que seria a maior movimentação militar do país desde o fim da Guerra Fria.

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