Wall Street derruba restrições a derivativos

Os grandes bancos tiveram uma vitória importante com a passagem do projeto de orçamento na Câmara, no dia 11. Junto com a legislação, foi aprovada uma modificação no Ato Dodd-Frank de 2010, que colocara o setor financeiro sob regras mais rígidas desde a crise financeira. A medida alterada obrigava os bancos a retirar certos derivativos de alto risco de produtos que tinham garantias do governo, movê-los para outras contas e assumir o risco dos papéis. Os bancos sempre consideraram a medida impraticável e vinham trabalhando há tempos para derrubá-la. A estratégia dos lobistas do setor financeiro foi incluir a modificação no processo orçamentário do governo. Em junho, o representante Kevin Yoder (R-KS) apresentou emenda com esse objetivo no Comitê de Apropriações da Câmara. A mudança acompanhou o processo orçamentário e foi incluída no plano de autorização de gastos do governo recém-aprovado. A estratégia foi bem sucedida. A emenda foi beneficiada pela urgência do projeto orçamentário, já que havia risco de paralisação do governo caso este não fosse aprovado. Os democratas ainda tentaram alguma oposição ao enfraquecimento de provisões da Dodd-Frank. A senadora Elizabeth Warren (D-MA) fez um discurso forte, no dia 10, contra a medida e as táticas utilizadas pelo setor financeiro. A estratégia de inserir mudanças nas leis em projetos com urgência de aprovação corre risco de ser utilizada recorrentemente caso os legisladores e a Casa Branca não estabeleçam limites. O presidente Barack Obama disse estar preocupado com a derrubada das restrições, mas mesmo assim trabalhou pela aprovação do projeto de financiamento do governo.

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