Energia e Meio Ambiente

Estudo mostra cenário pessimista na produção de energia

O boom na produção de hidrocarbonetos nos EUA pode acabar antes do fim da década. A informação é de um estudo divulgado pelo The Post Carbon Institute, no dia 27, e contradiz previsões do governo feitas através da Energy Information Administration (EIA). Segundo a EIA, o pico na produção acontecerá em 2040. A estimativa da agência é baseada em 12 campos, responsáveis por 82% da produção de petróleo de xisto e 88% de gás de xisto. A maior parte do petróleo produzido vem de Bakken e Eagle Ford, localizados respectivamente no centro-norte e sul do país. De acordo com o The Post Carbon Institute, a produção nessas localidades será 28% menor. No caso do gás, principalmente na reserva texana de Marcellus, a previsão é 39% abaixo do que estima a EIA. O cenário pessimista tem explicação na geologia. Formações rochosas de xisto apresentam grande nível de produção nos primeiros anos de exploração. Ao contrário das reservas convencionais, no entanto, o ritmo tem queda acentuada após poucos anos de atividade. O relatório indica que alguns campos de petróleo sofrerão redução entre 60% e 91% dentro de três anos, o que exigiria um volume de investimentos extremamente alto para atenuar o declínio. Com a tendência de queda no preço do barril de petróleo nos últimos meses, a perspectiva não é boa. Grandes petrolíferas minimizam o problema, argumentando que a atividade é sustentável mesmo que o barril atinja US$ 60. Produtores de médio e pequeno porte, que ainda são os principais responsáveis pelo aumento da produção nos últimos anos, discordam. Esses já teriam começado a registrar prejuízos e perda de valor de mercado.

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