EUA não reconhecem referendo na Ucrânia

O Departamento de Estado declarou, no dia 11, que não reconhece o referendo realizado no mesmo dia na Ucrânia. Cerca de 90% dos eleitores em Donetsk e Lugansk, duas regiões no leste do país, decidiram pela independência. Segundo os EUA, o referendo ocorreu sem fiscalização eleitoral e em meio a forte presença de pessoal armado. A Casa Branca considera a votação uma violação do Direito Internacional e da integridade territorial ucraniana. A porta-voz do Departamento, Jen Psaki, acusou o governo russo de apoiar os dissidentes e incentivar os eleitores, utilizando para isso a mídia estatal russa. No leste da Ucrânia, a maioria da população acompanha notícias através de meios de comunicação russos. Psaki lamentou que o Kremlin não tenha usado sua influência para evitar o referendo. No dia 7, o presidente russo Vladimir Putin sugeriu que os separatistas adiassem a votação. Putin também anunciou que retiraria as tropas da fronteira com a Ucrânia, mas o Pentágono diz não ter identificado nenhuma movimentação nesse sentido. Quanto ao súbito e inesperado apoio do líder russo às eleições presidenciais na Ucrânia no próximo dia 25, os EUA também se mostram céticos. A Rússia vinha se opondo ao pleito antes que o governo provisório em Kiev fizesse reformas constitucionais para federalizar o país. A proposta de federalização, que conta com o apoio dos EUA, daria às regiões maior autonomia. O presidente interino da Ucrânia, Olexander Turchynov, não descarta a possibilidade de um referendo sobre a federalização no mesmo dia da eleição presidencial.

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