Oposição síria ganha status de missão estrangeira

Os EUA concederam, no dia 5, status de missão estrangeira à Coalizão Nacional Síria, grupo de oposição ao regime de Bashar al-Assad. A medida não significa que os escritórios do grupo em Washington e Nova Iorque serão considerados como embaixada e consulado da Síria, mas permite mais flexibilidade nas relações com os oposicionistas. Em março de 2014, o governo Obama fechou a embaixada e os dois consulados sírios nos EUA, pedindo a saída de todos os seus diplomatas. Menos de dois anos antes, os EUA haviam reconhecido a Coalizão Nacional como legítimo representante do povo sírio. A elevação do status facilitará o envio de US$ 27 milhões para a delegação, totalizando US$ 287 milhões desde o início do conflito na Síria. A ação também permite ajuda militar não letal ao Exército Livre da Síria, que combate as forças do governo Bashar al-Assad. O  líder da coalizão, Ahmad Jarba, espera convencer os EUA a mandar armamentos de tecnologia avançada. Segundo Jarba, essa iniciativa seria decisiva para mudar o rumo da guerra civil, que tem registrado um avanço das forças do governo. Rumores negados pela Casa Branca sugerem que a CIA já estaria fornecendo armamento leve para alas moderadas da oposição. Segundo a agência de notícias Reuters, uma aprovação a portas fechadas no Congresso em janeiro teria decidido pelo envio de armas de baixo impacto até setembro de 2014, quando termina o atual ano fiscal. Os EUA resistem em admitir publicamente a transferência devido à presença de extremistas entre os grupos de resistência. Outra preocupação é que a admissão de interferência desse nível provoque reação da Rússia, que apoia o regime Assad.

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