Lobbies judaicos nos EUA divergem sobre política pró-Israel

Grandes doadores de campanha da comunidade judaica nos EUA vêm acirrando a disputa pela atenção dos congressistas em Washington. No dia 27, várias figuras proeminentes da comunidade assinaram uma carta endereçada à liderança democrata pedindo que o partido não aprove novas sanções contra o Irã. Os signatários apoiam a aproximação diplomática promovida pela Casa Branca e acreditam que novas penalidades inviabilizariam um acordo definitivo sobre o programa nuclear. A carta foi encaminhada dias antes da conferência anual da AIPAC, maior associação judaica no país. O encontro, nos dias 2 e 3 de março, terá a presença do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, do secretário de Estado John Kerry e do secretário do Tesouro Jacob Lew. A AIPAC condena a política da administração Obama para o Irã e defende o fim total do programa nuclear iraniano. Apesar de manter elos fortes com o Partido Democrata, a associação é mais alinhada com os republicanos quando o assunto é o Irã. Críticas do lobby têm sido dirigidas principalmente ao líder da maioria no Senado, Harry Reid (D-NE), que postergou a votação de uma proposta de lei com sanções em fevereiro. Apesar do alinhamento com os republicanos, muitos analistas acreditam que a posição agressiva advogada pela AIPAC vem perdendo força nos dois partidos. De acordo com o diretor do J Street, grupo pró-Israel que defende a diplomacia na resolução das questões israelenses com o Irã e a Palestina, está ocorrendo uma “mudança épica na atmosfera política em Washington”. Jeremy Ben-Ami disse que as pessoas começaram a perceber que ser a favor de Israel não significa apoiar políticas de confronto.

Realização:
Apoio:

Conheça o projeto OPEU

O OPEU é um portal de notícias e um banco de dados dedicado ao acompanhamento da política doméstica e internacional dos EUA.

Ler mais