Energia e Meio Ambiente

EUA sugerem fim de financiamento externo a usinas de carvão

O Departamento do Tesouro apresentou, no dia 29, novas diretrizes para empréstimos a projetos de usinas de carvão no exterior via bancos multilaterais de desenvolvimento. As instruções orientam que o país não apoie o financiamento de novos empreendimentos do tipo por órgãos como o Banco Mundial. A única exceção seria para países com recursos escassos e sem alternativa viável, ou para projetos com tecnologias de captura de carbono. Segundo analistas, os EUA querem utilizar sua influência na esfera internacional para direcionar investimentos públicos em projetos de energia limpa. A diretiva consolida uma postura já indicada pelo presidente Barack Obama em junho, quando apresentou seu Plano de Ação Climática. Após o anúncio, o Banco Mundial declarou que adotaria medidas semelhantes. Nenhum projeto para usinas de carvão foi aprovado pela instituição depois de 2010, com os investimentos sendo direcionados para projetos de energia limpa e eficiência energética. As novas diretrizes propostas pelos EUA devem ser colocadas à prova no próximo ano, quando será votado o financiamento de uma usina em Kosovo. Os EUA não têm poder para impedir unilateralmente esse tipo de programa, mas possuem grande capacidade de formar coalizões para bloquear iniciativas. A ação externa pode ser interpretada como uma extensão do que membros do Partido Republicano chamam de “guerra ao carvão” pela administração Obama. Os republicanos dizem que as políticas ambientais do presidente, entre elas os limites de emissões para usinas elétricas, praticamente vão inviabilizar a construção de novas termoelétricas movidas a carvão no país.

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