Energia e Meio Ambiente

Corte federal inicia nova fase de julgamento contra a BP

Teve início, no dia 30, a segunda fase do julgamento civil contra a BP pelo acidente no Golfo do México em 2010. O juiz vai decidir sobre a quantidade de petróleo despejada: a empresa alega que foram 2,45 milhões de barris, enquanto o governo acredita em 4,2 milhões. O magistrado também vai definir se a firma foi negligente na prevenção do acidente e na contenção do vazamento. Dependendo do veredito, a BP poderá ser penalizada em até U$18 bilhões, quase a metade dos US$ 42 bilhões já gastos com multas, indenizações, reparo e limpeza. Segundo relatório feito por uma comissão especial para o presidente Barack Obama, não resta dúvida sobre a responsabilidade da BP e de outras operadoras envolvidas. O documento aponta que a exploração em alto-mar envolve riscos para os quais indústrias e setor público não estão preparados. Outro problema é a resistência das corporações em aceitar normas governamentais, embora estas ainda sejam insuficientes contra um desastre de grande proporção. Segundo analistas, as empresas sofrem pressão mais eficaz das seguradoras, que passaram a ser mais rígidas na avaliação de riscos e no cálculo de prêmios. Três anos depois do vazamento, já é possível notar mudanças nos procedimentos de segurança em alto mar. As companhias também estão investindo em instalações mais modernas e contratando profissionais de saúde, segurança e meio ambiente. A repercussão do caso da BP acaba favorecendo as gigantes do setor em detrimento de operadoras independentes de pequeno porte. Estas tem mais dificuldade em acompanhar as exigências tecnológicas e securitárias da atividade.

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