Líderes da Câmara adiam votação sobre orçamento

A liderança republicana na Câmara adiou, no dia 10, a votação do projeto de resolução contínua que autorizaria o financiamento do governo após 30 de setembro. A decisão foi tomada para ganhar tempo diante do impasse criado pela ala mais radical do partido. O grupo exige que qualquer negociação para financiar o governo garanta a exclusão de fundos para implementação da reforma de saúde de Obama. Sem a autorização orçamentária, o governo federal ficará paralisado a partir de outubro. A proposta original do porta-voz da Câmara, John Boehner (R-OH), e do líder da maioria, Eric Cantor (R-VA), manteria os níveis atuais de financiamento do governo até 15 de dezembro. O plano inclui a votação de outra resolução em paralelo, que esvazia o Obamacare ao mesmo tempo em que abre uma brecha para que a medida seja derrubada no Senado. O Grupo de Estudo Republicano, formado por membros mais conservadores, trabalham em uma solução alternativa. A proposta prevê uma autorização de fundos para o governo, a substituição dos cortes automáticos que entraram em vigor em março e o aumento do teto da dívida pública para evitar uma moratória. A contrapartida seria o adiamento total da implantação do Obamacare por um ano. O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, afirmou que o presidente não aceitará qualquer acordo que prejudique o funcionamento da reforma da saúde. Também está descartado um aumento nos gastos com defesa em detrimento de outros programas sociais. Em pesquisa da CNN-ORC International, um terço dos entrevistados culparia o presidente pela paralisação do governo, enquanto 51% responsabilizariam os republicanos.

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