Energia e Meio Ambiente

Audiência na Câmara debate exportação de gás

O Subcomitê de Energia e Comércio da Câmara realizou, no dia 7, uma audiência para discutir os impactos da exportação de gás natural. O debate foi estimulado pelo aumento da produção doméstica do recurso nos últimos anos. A permissão para exportação é dada pelo Departamento de Energia, que acelera a aprovação quando o país comprador possui acordo de livre comércio com os EUA. Nos outros casos, o órgão determina se o projeto é compatível com o interesse nacional, avaliando seu peso na economia e na segurança energética. Hoje, o Departamento avalia cerca de 20 pedidos de exportação e a indústria petrolífera quer agilizar as liberações. O argumento central apresentado em favor das exportações foi o de que a medida traria benefícios geopolíticos aos EUA. As vendas reduziriam a influência de países como Rússia e Irã sobre governos aliados e regiões instáveis. Analistas argumentam que, como maiores fornecedores de gás para Ásia e Europa, esses dois produtores usam o recurso como arma política. Os defensores também citaram a tradição liberal dos EUA, afirmando que as decisões sobre o tema devem ser tomadas pelo mercado, e não pelo governo. Muitos democratas estão abertos aos argumentos geopolíticos, mas outros temem que o aumento das exportações eleve o preço interno do produto. Nesse caso, poderia haver um retrocesso na competitividade da indústria nacional, que se beneficiou com a queda no preço do gás. Para analistas, a discussão não gerou grande divisão entre os partidos e há boas chances de aprovação de alguns pedidos. O tema será debatido no Senado neste mês.

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