Ação unilateral da Argélia complica plano dos EUA na África

A estratégia de combate ao terrorismo no norte da África pode ser revista pelos EUA após o recente acontecimento na Argélia. No dia 16, forças argelinas intervieram contra a Al-Qaeda do Magreb em um campo de exploração de gás no país. O grupo havia feito mais de 200 reféns entre funcionários nativos e estrangeiros, inclusive cidadãos dos EUA. O Exército agiu sem consultar os governos cujos nacionais estavam em poder dos sequestradores. A ação terminou de forma trágica, com a morte de dezenas de terroristas e reféns. O sequestro pode ter sido em resposta à recente intervenção francesa no Mali, já que o governo argelino permitiu que a França usasse seu espaço aéreo no combate a militantes malianos. Há quase um ano, os EUA negociavam a participação da Argélia na luta contra o terrorismo regional. A cooperação é considerada fundamental, porque o país possui o Exército mais forte da região e informação sobre os radicais. A Al Qaeda do Magreb surgiu na Argélia e muitos de seus líderes são argelinos. A decisão unilateral coloca em xeque a disposição do governo em Argel de cooperar com uma missão internacional e aceitar o eventual comando dos EUA ou de um país europeu. O episódio acirrou críticas republicanas quanto à estratégia antiterrorismo de Barack Obama. No dia 19, membros do partido disseram que a Casa Branca não foi capaz de evitar a emergência do terror no norte da África. O tema será foco de audiência no Congresso na próxima semana, quando a secretária de Estado Hillary Clinton testemunhará sobre o ataque terrorista ao consulado na Líbia, em setembro de 2012.

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