Representantes empresariais e do setor financeiro querem que o aumento do limite da dívida pública seja parte das medidas para evitar o chamado abismo fiscal. O Departamento do Tesouro estima que o governo federal atinja o teto de US$ 16,4 trilhões antes do fim de 2012, mas afirma que medidas extraordinárias poderiam manter obrigações federais em dia até os primeiros meses de 2013. Entretanto, empresários esperam que o aumento do limite possa ser aprovado antes do fim do ano para que se evite uma repetição de disputas partidárias sobre o tema. Em agosto de 2011, o acordo que elevou o teto da dívida foi selado um dia antes de o governo federal esgotar seus recursos para pagamento de despesas. A definição tardia gerou instabilidade nas bolsas de valores, o rebaixamento da nota de crédito do país pela Standard and Poor’s, e teve como resultado os cortes orçamentários automáticos do Budget Control Act. A Câmara de Comércio dos EUA apoia a demanda, afirmando que as discussões para evitar os cortes automáticos e o fim das isenções de impostos da era Bush são ideais para o debate do aumento do limite da dívida. Especialistas indicam que congressistas republicanos preferem utilizar a possibilidade de um calote nos compromissos do governo para barganhar cortes orçamentários maiores no ano que vem. Muitos congressistas também acreditam que não haverá disposição suficiente para incluir o aumento do limite nos acordos do abismo fiscal, principalmente por parte dos republicanos, caso um aumento de impostos esteja no pacote.