Comitê vê risco à segurança na atuação de empresas chinesas

O Comitê de Inteligência da Câmara publicou, no dia 8, um relatório afirmando que a atuação de duas empresas chinesas de telecomunicações nos EUA pode colocar em risco a segurança nacional. A investigação concluiu que as companhias Huawei e ZTE têm ligações não esclarecidas com o governo chinês. Acredita-se que brechas intencionais em seus equipamentos poderiam viabilizar atividades de ciberespionagem pela China. Apesar de não detalhar as possíveis ameaças à segurança de redes, o relatório aconselha governo e empresas dos EUA a não fazer negócios com as companhias. A Huawei também foi acusada de corrupção, e violação de direitos autorais e leis de imigração do país. O documento ainda recomenda que o Comitê de Investimento Estrangeiro inicie um processo de investigação. O órgão, ligado ao Departamento do Tesouro, é responsável por avaliar se investimentos estrangeiros ameaçam a segurança nacional. A Huawei, segunda maior empresa do mundo no setor de telecomunicações, e a ZTE, que ocupa a quinta posição, afirmam que as alegações são infundadas. Segundo funcionários da Huawei, as acusações têm motivações políticas, devido às eleições de novembro nos EUA. Shen Danyang, porta-voz do Ministério do Comércio da China, afirmou, no dia 9, que o documento viola princípos de livre mercado e que as relações entre China e EUA podem ser afetadas. O episódio foi o último de vários atritos ocorridos entre os dois países nesse ano. Em setembro, o presidente Barack Obama vetou o investimento de uma empresa chinesa no país, também alegando razões de segurança.

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