Envio de marines ao Oriente Médio gera reações locais

O secretário de Defesa Leon Panetta confirmou, no dia 15, o posicionamento de forças militares em 18 locais no Oriente Médio e no Norte da África. O objetivo é responder ao possível aumento de manifestações populares contra os EUA, motivadas pela divulgação de um filme anti-islâmico produzido na Califórnia. O Pentágono já enviou 100 marines à Líbia e ao Iêmen, onde instalações diplomáticas dos EUA foram atacadas. Quatro diplomatas foram mortos, entre eles o embaixador em Trípoli. Inicialmente, o governo do Iêmen negou permissão para o envio dos soldados. Mas depois de aceitar o pedido dos EUA, o próprio presidente Abd Hadi acabou virando alvo de protestos da população iemenita. No Sudão, o Departamento de Estado determinou o fechamento da embaixada em Cartum, depois que o complexo foi invadido por manifestantes no mesmo dia 15. Fontes não identificadas na Casa Branca afirmam que a decisão foi tomada depois de negada a permissão para envio de 50 marines ao país. Reações populares ao filme também ocorreram em nações com maioria muçulmana na Ásia, mas a preocupação dos EUA seria especialmente voltada para países árabes. Com a queda de regimes ditatoriais em alguns deles, o relativo vácuo de poder instalado aumentou a insegurança das equipes diplomáticas. Grupos de oposição ou organizações extremistas podem aproveitar o momento para instigar a população contra os líderes recém empossados. A resistência dessas lideranças em aceitar a presença das tropas não seria apenas uma forma de autopreservação, mas a prova da perda de influência dos EUA.

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