Adesão da Rússia à OMC causa discussões

A adesão da Rússia à Organização Mundial do Comércio (OMC), aprovada em novembro de 2011 e com previsão de efetivação em meados de 2012, ainda causa discussões. A Coalisão Comercial Rússia-EUA, que inclui a Câmara de Comércio dos EUA e outras instituições comerciais, pressiona os congressistas pela retirada do país da emenda Jackson-Vanik. Aprovada em 1974, a lei regula as relações comerciais dos EUA com países que não sejam economias de mercado. Dentre suas determinações, proíbe a atribuição do status de nação mais favorecida a países que pratiquem restrições às emigrações. Segundo os membros da Coalisão, a permanência da Rússia na Jackson-Vanik diminuiria drasticamente os benefícios de sua inserção na OMC. Já os congressistas temem que a proposta seja alvo de críticas sobre política externa e direitos humanos, dificultando sua aprovação. Empresas dos EUA também criticaram a Rússia por ainda não ter adotado medidas com as quais se comprometeu para ser aceita na OMC, sobretudo na questão de defesa dos direitos de propriedade intelectual. Os tratados da Organização Mundial de Proteção Intelectual (WIPO, na sigla em inglês) e as leis de proteção à indústria farmacêutica ainda não foram implementados. James Bacchus, ex-presidente do Corpo de Apelação da OMC, e Jennifer Hillman, que integrou o órgão entre 2007 e 2011, não creem que haverá um período de tolerância para a Rússia, no qual os outros membros evitariam ações contra o país logo após sua incorporação.

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