Empresas dos EUA criticam protecionismo argentino

Empresas dos EUA têm reclamado com a administração Obama sobre a nova diretriz de política econômica argentina, que entrou em vigor no dia 1. A medida obriga as firmas que exportarem produtos para a Argentina a enviar um comunicado sobre a carga para a Associação Federal de Receitas Públicas (AFIP, na sigla em espanhol). A agência tem três dias para analisar e aprovar a entrada das mercadorias, prazo que pode ser prorrogado para 15 dias se outra agência demandar revisão. As empresas dos EUA reclamam que a nova obrigação é um instrumento protecionista, que visa diminuir as importações argentinas. A medida também pode gerar um ambiente propício à corrupção. Contudo, as empresas não têm comentado publicamente o assunto por temer retaliações do governo da Argentina, como um maior rigor na inspeção de cargas. Somente Stephen Jacobs, presidente da Associação Nacional de Manufatureiros (NMA, na sigla em inglês), publicou críticas em seu blog. Jacobs pediu ao governo dos EUA que interceda junto ao governo argentino para evitar que a escalada protecionista se propague. Uma porta-voz do escritório do representante comercial dos EUA (USTR, na sigla em inglês) afirmou que a agência tem buscado meios para reverter os obstáculos à exportação, tanto bilateralmente quanto na OMC. Desde 2002, quando entrou em moratória, a Argentina está fora do mercado internacional de capitais. Assim, manter a balança comercial estável e um resultado comercial superavitário é o meio pelo qual o país garante a entrada de moedas estrangeiras e fortalece suas reservas internacionais.

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