Juiz autoriza processo contra Rumsfeld por tortura

O juiz James Gwin, de uma corte federal do distrito norte de Ohio, autorizou antigo funcionário de uma empresa de segurança privada a processar o ex-secretário de Defesa Donald Rumsfeld. O nome do reclamante não foi divulgado, pois sua identidade está sendo protegida. Ele alega ter sido preso sem acusação formal e torturado no Iraque, em 2005, supostamente por passar informações à insurgência. Sua soltura teria ocorrido no ano seguinte sem maiores explicações. O autor do processo é um veterano do Exército que trabalhava como tradutor para os Fuzileiros Navais na província de Anbar. Rumsfeld é representado pelo Departamento de Justiça, que argumenta que o ex-secretário não pode ser acusado pessoalmente por uma ação da administração. Para a defesa, a corte não tem autoridade para questionar decisões tomadas em estado de guerra e sua iniciativa inibiria decisões militares no futuro. Além disso, o processo poderia revelar informações sensíveis. De acordo com o juiz, a alegação do veterano de que Rumsfeld aprovava o uso de tortura caso a caso justifica sua culpabilidade. Ainda, o magistrado entende que um cidadão dos EUA, mesmo em zonas de conflito, não perde direito a procedimentos legais quando submetido à detenção prolongada. Em 8 de agosto, a corte de apelação do sétimo circuito, em Chicago, autorizou mais dois indivíduos, Donald Vance e Nathan Ertel, a processar Rumsfeld por sofrerem tortura pelo Exército dos EUA no Iraque. Os acusadores afirmam terem sido detidos após relatar atividades ilegais de seu empregador, a Shield Group Security, uma empresa de segurança privada.

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