Clinton endurece discurso após ataque à embaixada na Síria

A secretária de Estado Hillary Clinton declarou, no dia 12, que o presidente Bashar al-Assad perdeu legitimidade para governar a Síria. A declaração veio após manifestantes pró-regime atacarem a embaixada dos EUA e da França em Damasco. Clinton afirmou que as autoridades não devem confundir o apelo dos EUA por reformas democráticas com apoio à manutenção do regime. A declaração é a primeira feita por uma figura importante em nome do governo dos EUA desde o começo dos conflitos no país em abril. A administração Obama acredita que o governo sírio tenha fomentado os ataques depois da visita dos embaixadores dos EUA e da França, Robert Ford e Eric Chevallier, à cidade de Hama, foco da oposição. Ford também havia criticado o governo sírio em mensagens no Facebook. Em programa de TV da emissora al-Dunia, favorável ao governo, espectadores foram encorajados a protestar contra a visita diplomática. Além disso, um funcionário da embaixada dos EUA afirmou que os manifestantes chegaram ao local em ônibus fretados e que as forças de segurança sírias foram lentas em controlar a situação. O episódio ocorre em meio ao aumento das tensões entre os dois países. Grupos de direitos humanos e muitos congressistas vêm pressionando o presidente Obama a condenar o governo sírio pela repressão, mas a administração resiste em levar a questão ao Conselho de Segurança da ONU por acreditar que Rússia e China se oporiam. Até o momento, Obama se limitou a aplicar sanções a autoridades governamentais e a estimular a Agência Internacional de Energia a condenar o programa nuclear sírio.

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