Energia e Meio Ambiente

Polônia aposta em técnica de extração de gás dos EUA

Em recente visita à Polônia, o presidente Obama iniciou um diálogo de cooperação energética para extração de gás não-convencional no país. A Polônia é rica em gás de xisto e a exploração dessas reservas poderia torná-la autossuficiente. Caso o acordo EUA-Polônia avance, a Rússia perderá um grande cliente: cerca de 70% da demanda polonesa hoje é atendida pelo gás russo. A técnica para extrair o gás de xisto vem sendo desenvolvida no Texas há quase três décadas, mas os bons resultados começaram há cerca de dez anos com o uso de perfurações horizontais. A descoberta colocou os EUA na liderança da produção mundial dessa especialidade, o que pode levar o país a superar a Rússia em reservas comprovadas de gás comercialmente viáveis. Como o gás de xisto está concentrado em rochas a mais de 1.000 metros de profundidade, a sua extração requer a implosão das mesmas por meio de injeção de um composto de água, areia e produtos químicos. O método apresenta riscos ambientais, sobretudo a contaminação de fontes de água em regiões próximas. Alguns estados nos EUA vêm redobrando as exigências para a exploração a detecção de níveis elevados de metano na água potável. O ministro de Relações Exteriores da Polônia, Radek Sikorski, reconheceu o risco, mas afirmou que a tecnologia dos EUA representa uma oportunidade para a autonomia energética de seu país. Segundo relatório recém-divulgado pela Agência Internacional de Energia, o gás deve entrar em uma “era dourada” se os preços permanecerem baixos e os governos continuarem a adotar regulamentos que não levem em conta questões ambientais.

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