Líderes dos EUA e Israel travam duelo de posições

Em discurso sobre a situação no Oriente Médio, no dia 19, Obama reafirmou o compromisso dos EUA com a segurança de Israel e, ao mesmo tempo, propôs a criação de um Estado palestino baseado nas fronteiras de 1967, anteriores à Guerra dos Seis Dias. Embora outros presidentes tenham mencionado essas fronteiras, Obama foi o primeiro a reconhecê-las oficialmente. As linhas finais de um acordo incluiriam um sistema de trocas, mantendo grandes blocos de assentamentos israelenses, enquanto palestinos receberiam territórios em compensação. O presidente exortou uma Palestina desmilitarizada e a retirada gradual das tropas israelenses das zonas ocupadas.  Analistas veem o discurso como uma tentativa de pressionar Tel Aviv a retomar as negociações de paz antes de setembro, quando a Assembleia Geral da ONU deverá votar a proposta de criação de um Estado palestino. É esperado que EUA e Israel sejam os únicos votos contrários. O anúncio suscitou réplicas e tréplicas entre o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e Obama. Em visita à Casa Branca no dia seguinte, Netanyahu rejeitou a sugestão do presidente diante do próprio e de jornalistas presentes. No domingo, Obama se apresentou na AIPAC, maior organização de representação judaica em Washington, mostrando-se mais flexível em relação às fronteiras. Em resposta, Netanyahu discursou na AIPAC no dia seguinte e, a convite dos republicanos, foi ao Congresso, na terça-feira, onde recebeu grande suporte bipartidário ao ser ovacionado 29 vezes em 49 minutos. Mais uma vez, o líder foi categórico em negar as fronteiras de 1967 e o direito de retorno de refugiados palestinos.

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