Reforma do Medicare divide republicanos

Diferentes opiniões dentro do partido republicano evidenciam divergências sobre o que fazer com o Medicare, o programa de seguro saúde para pessoas acima de 65 anos. A proposta de orçamento de Paul Ryan (R- WI), aprovada na Câmara em abril alteraria completamente o Medicare, transformando-o em um sistema de subsídios para aquisição de seguro saúde. Em 5 de maio, o presidente do Comitê de Meios e Procedimentos da Câmara, Dave Camp (R-MI), anunciou não ter interesse em discutir um projeto que será recusado pelo Senado. Em resposta, o porta- voz da Câmara John Boehner anunciou, no mesmo dia, que não abriria mão da reforma do Medicare. Para o líder da maioria na Câmara, Eric Cantor (R-VA), o partido deveria evitar tocar nos três programas mais defendidos pelos democratas: Medicare, Medicaid e Seguridade Social. Seguindo essa linha, republicanos no Senado lançaram, no dia 10, uma proposta alternativa de orçamento. O plano encabeçado pelo novato Pat Toomey (R-PA) equilibraria o orçamento até 2020, restringindo os gastos do governo a 18,5% do PIB. Essa agressiva proposta de cortes seria somada à transformação do Medicaid em um sistema de destinação de verbas para os estados, como no orçamento de Ryan, mas o Medicare não seria alterado. Apesar de Toomey dizer-se favorável a proposta de Ryan caso ela venha a ser votada, o apoio de republicanos ao seu próprio projeto demonstra bem a divisão entre alas do partido. Senadores novatos como Marco Rubio (R-FL), Mike Lee (R-UT), Ron Johnson (R-WI), além de um dos preferidos do Tea Party, Jim DeMint (R-SC), são copatrocinadores do projeto.

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