Mídia e Congresso questionam atuação do Paquistão

Um dia após a morte de Osama bin Laden, a mídia e uma parte do Congresso passaram a questionar a idoneidade do Paquistão no episódio. Como o líder da al-Qaeda estava escondido em um casa perto de Ismalabad e a poucos quilômetros de uma academia militar, especula-se que o aparato de inteligência paquistanesa conhecesse o esconderijo. A desconfiança dos EUA fica evidente na declaração do diretor da CIA, Leon Panetta, sobre manter a operação sob sigilo por medo de vazamento por parte de autoridades locais. A discussão em torno do papel do Paquistão ganhou espaço no Congresso. Em alinhamento com a redução de gastos governamentais, muitos congressistas querem rever a ajuda financeira de US$ 3 bilhões anuais. Líderes majoritários de ambas as casas e presidentes de importantes comitês, como John Kerry (D-MA), John Boehner (R-OH), Harry Reid (D-NV) e John McCain (R-AZ), exigem respostas do Paquistão, mas pretendem preservar a relação entre os dois países. A Casa Branca parece alinhada com tais congressistas. O secretário de imprensa, Jay Carney, enalteceu o esforço paquistanês em combater o terrorismo e a secretária de Estado Hillary Clinton declarou que a cooperação foi essencial na captura de bin Laden. Para preservar a sua imagem nos EUA, o Paquistão reforçou o lobby no Congresso feito pela Locke Lord Strategies. Mike Siegel, responsável pela conta paquistanesa na empresa, disse que a estratégia imediata é combater a especulação da mídia. Em 2009, os mesmos lobistas conseguiram aprovar US$ 7,5 bilhões em assistência financeira ao país.

Realização:
Apoio:

Conheça o projeto OPEU

O OPEU é um portal de notícias e um banco de dados dedicado ao acompanhamento da política doméstica e internacional dos EUA.

Ler mais