Energia e Meio Ambiente

Desastre no Japão favorece produção de gás nos EUA

O Japão deverá aumentar as importações de gás natural liquefeito para atender à demanda doméstica afetada pelo desastre. O país, que já é o maior comprador mundial, pode vir a recorrer à oferta de produtores distantes. Os EUA viram sua produção de gás atual crescer nos últimos anos, mas mantiveram-se relativamente isolados do mercado mundial, pois o transporte de gás tradicional é limitado a gasodutos regionais. Já na sua forma líquida, obtida com alto esfriamento, o produto pode ser transportado em navios-tanque. A exploração nos EUA vem aumentando com o uso de técnica controversa conhecida como Hydro-fracking, ou injeção de compostos químicos para subtrair gás de profundidades rochosas. O método é criticado pelo sigilo das indústrias sobre os elementos utilizados e pelo risco de contaminação de águas próximas. Em março, o representante Jim Keffer (R-TX), introduziu proposta na Câmara para obrigar as empresas a divulgar a fórmula química. No Senado, foi reintroduzido na terça, 22, o FRACT Act – Fracturing Responsibility and Awareness of Chemicals – proposta de lei que exige transparência no método. A técnica também está na mira da Agência de Proteção Ambiental (EPA) e da Casa Branca, embora por razões diferentes. Enquanto a EPA teme pelos efeitos ambientais, os estrategistas em Washington apostam no gás não-convencional para tornar a matriz energética do país mais limpa. Os planos da administração também são polêmicos, pois apesar de menos poluente do que o carvão e mais seguro do que a energia nuclear, o gás ainda é grande emissor de gases de efeito estufa.

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