Ataque aliado à Líbia divide opinião internacional

EUA, França e Grã-Bretanha iniciaram no sábado, 19, ataques à Líbia para impor ao país uma zona de exclusão aérea, conforme a resolução 1973 do Conselho de Segurança da ONU dois dias antes. O presidente Barack Obama disse que a ação militar tem legitimidade internacional e os EUA dois únicos objetivos: destruir as defesas aéreas líbias e prover ajuda humanitária à população civil. O secretário de Defesa, Robert Gates, confirmou que a destruição do sistema de defesa é necessária para proteger as aeronaves aliadas. Apesar de liderar a ação, Obama confirmou que os EUA pretendem passar o comando para França, Grã-Bretanha ou OTAN nos próximos dias. A França – que passou três décadas fora da sua estrutura de comando – prefere que a organização não tenha um papel central no conflito. A Turquia, único país-membro de maioria muçulmana, disse ser possível autorizar a participação, desde que não seja para dividir o petróleo líbio. Islam Lufti, um dos líderes do grupo de oposição egípcio Irmandade Muçulmana, também acusou os aliados de visarem apenas explorar o petróleo. Apesar de respaldada pela ONU, a Operação Odisseia do Amanhecer vem sendo questionada por lideranças internacionais. A Liga Árabe – cujo apoio foi fundamental na aprovação da investida militar – criticou o grande escopo da operação e as supostas baixas de civis. Rússia e China, que se abstiveram no CS, lamentaram a intervenção. Já o Conselho de Cooperação do Golfo – organização de seis países árabes – defendeu a operação, da qual participam dois de seus membros: Emirados Árabes Unidos e Qatar.

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