Propostas de cortes no orçamento dividem republicanos

O presidente do Comitê de Orçamento da Câmara, Paul Ryan (R-WI), apresentou na quinta-feira, 3 de fevereiro, detalhes do projeto de uma eventual resolução contínua que aprova gastos do governo após 4 março, data em que expira a autorização orçamentária vigente. A proposta representa um corte de US$ 74 bilhões sobre o orçamento solicitado por Obama para o ano fiscal de 2011, que, no entanto, nunca foi implementado. Os maiores cortes seriam nos Departamentos de Transporte, Habitação e Desenvolvimento Urbano, Comércio, Justiça, e Agricultura. A surpresa foi a inclusão do Departamento de Defesa: Ryan sugere um aumento de US$ 8 bilhões no orçamento da Defesa, contra um pedido original de US$ 23 bilhões. Os números decepcionaram a ala mais conservadora do partido republicano, que pressiona pela manutenção da promessa de campanha de cortes de US$ 100 bilhões. Estes argumentam que como o orçamento de Obama nunca foi aprovado, o novo plano reduziria gastos de apenas US$ 35 bilhões em relação ao último orçamento aprovado para 2010. Alguns vão ainda mais longe: em artigo publicado no The Wall Street Journal no dia 7, o senador Rand Paul (R-KY), membro do Tea Party, delineou uma proposta de redução de US$ 500 bilhões. A discussão sobre a resolução contínua deve começar nos próximos dias, mas será, sobretudo, um exercício de marcação de posições: a proposta da Câmara controlada por republicanos terá de ser conciliada com a do Senado, controlado por democratas.

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