No Brasil, secretário do Tesouro busca agenda comum

O secretário do Tesouro Timothy Geithner se reuniu com a presidente Dilma Roussef em 7 de fevereiro, em Brasília. A pauta do encontro girou em torno das relações bilaterais, em preparo à visita do presidente Barack Obama em março. Também foi discutida a reunião do G20 marcada para o fim do mês, em Paris. No encontro, Geithner pediu apoio ao Brasil para pressionar a China a valorizar o câmbio. A percepção dos EUA é de uma mudança de tom na administração brasileira: diferentemente de Lula, Dilma sinaliza uma postura mais incisiva nas disputas comerciais com o parceiro asiático. A presidente viaja à China em abril, quando é esperado que discuta a desvalorização do yuan com autoridades chinesas. Outro ponto de acordo entre Brasil e EUA é a reforma das instituições financeiras internacionais, também discutida no encontro. A busca de apoio mostra a visão do governo dos EUA de que o Brasil é um forte aliado no alinhamento dos interesses globais. Por outro lado, pontos de atrito também pautaram a reunião. O governo brasileiro considera que políticas do Fed contribuem para a desvalorização do dólar e o consequente fortalecimento do real. Nos últimos dois anos, a moeda brasileira valorizou 35% em relação ao dólar. O Brasil, assim, pede aos EUA que procurem tomar medidas que fortaleçam sua moeda. Geithner, por sua vez, elogiou os esforços brasileiros em conter a valorização do real, mas ressaltou que “não é possível fazer política econômica em isolamento”.

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