Republicanos em situação difícil com o "don't ask, don't tell"

A postura do partido Republicano ante a proposta de repúdio à discriminação de homossexuais nas forças armadas, o chamado “don’t ask, don’t tell”, vem tornando-o alvo tanto de grupos defensores dos direitos dos homossexuais, quanto de grupos conservadores preocupados com as origens e os valores morais do partido. Há 17 anos, o código de conduta militar impede que pessoas autodenominadas homossexuais ingressem ou permaneçam nas forças armadas. Um relatório publicado pelo Pentágono em 30 de novembro revelou que a presença de homossexuais nos efetivos militares representaria pouco risco de crise interna. Com base nesse documento, cerca de 10 representantes moderados de ambos os partidos, entre eles Lisa Murkowski (R-AK) e Richard Lugar (R-IN), deverão pautar suas opiniões. Caso optem pela manutenção do dispositivo, a decisão poderá custar ao partido uma geração de eleitores independentes. Apesar de concorrer com outros temas relevantes da agenda, houve uma tentativa fracassada de votar o repúdio ao “don’t ask, don’t tell” no Senado em 09 de novembro: 57 votos a favor e 40 contra, sem a obtenção dos 60 votos necessários para vencer o filibuster republicano. Democratas estão reavaliando suas estratégias para a aprovação ainda neste ano, uma vez que a configuração do próximo Congresso com a Câmara de maioria republicana representará um desafio ainda maior. O debate deve ganhar mais relevância nos próximos anos, quando candidatos à presidência serão questionados a esse respeito, e à medida que Cortes estaduais, como a da Califórnia, aprovem medidas favoráveis à revogação.

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