Rússia e EUA negociam diálogo entre governo e rebeldes sírios

O governo russo anunciou, no dia 24, que o presidente sírio Bashar al-Assad teria concordado em participar de uma conferência de paz para a Síria. O evento, que está sendo organizado por Rússia e EUA, tem como objetivo iniciar negociações entre Assad e os grupos de oposição para um regime de transição. O plano para uma discussão ampliada sobre a questão foi anunciada por Washington e Moscou no início de maio. A reunião está programada para ocorrer na cidade de Genebra em junho, embora nenhuma data tenha sido definida. A grande dificuldade tem sido garantir a presença das duas partes em conflito. Apesar de o governo sírio não ter sido muito incisivo na confirmação sobre sua participação, o anúncio do Kremlin demonstra maior margem de ação da Rússia do que a capacidade de atuação dos EUA. O desafio da Casa Branca é negociar com os rebeldes, que são dispersos e mal articulados entre si. A oposição é formada por grupos com interesses antagônicos, sendo que alguns deles são vistos como extremistas pelos EUA. Muitos resistem a qualquer tipo de diálogo com Assad e não confiam que o presidente sírio cumpra acordos de paz. Para agravar a dificuldade dos EUA, o principal fórum de representação dos rebeldes está sem líder desde março, o que dificulta a interlocução. Mesmo que a conferência seja realizada, outro pontos de divergência podem dificultar um processo de paz. A Rússia, um dos maiores aliados da Síria, vê a permanência de Assad como positiva para a estabilidade da transição. Já os EUA, assim como países árabes e europeus, acreditam que a renúncia é condição inegociável para a transferência pacífica do poder.

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