Região Oeste pressiona Washington por liberação de terras
Congressistas na região Oeste dos EUA pressionam a Casa Branca pela liberação de terras públicas para exploração comercial. O governo federal possui um terço das terras nos EUA, sendo cerca de 250 milhões de hectares no Oeste, região rica em petróleo e minérios, cabendo ao presidente decidir sobre a concessão dessas áreas para uso do setor privado. Todavia, a chegada de Obama à presidência em 2009 significou certa estagnação nessas concessões. Ainda, documentos administrativos vazados no ano passado revelaram que Obama pretendia declarar cerca de 13 milhões de acres como “monumentos históricos”, impedindo a sua exploração em caráter definitivo. A medida é autorizada pela Lei de Antiguidades de 1906, que permite ao presidente emitir ordens executivas para preservar terras públicas. Os planos do governo desagradam às indústrias e aos congressistas ligados ao setor petrolífero e de mineração, principalmente à ala republicana Tea Party. Congressistas e executivos argumentam que a preservação inibe a criação de empregos, dificulta a produção de energia doméstica e aumenta a dependência do país em relação ao petróleo de outros países. Cedendo às pressões do Congresso, o secretário do Interior Ken Salazar declarou, no início de junho, que o governo estuda retomar parcialmente os processos de concessão. Para compensar essa reversão na política ambiental, Salazar estendeu, na semana passada, a moratória sobre mineração de urânio no Grand Canyon por mais seis meses, visando acalmar os ambientalistas sem atacar diretamente as indústrias petrolíferas.