Rússia e EUA fazem cessar-fogo parcial na Síria

Rússia e EUA chegaram ao acordo para suspensão temporária da violência na Síria, após reunião com representantes de Irã, Síria, Arábia Saudita, Turquia e países europeus. Anunciado pelo secretário de Estado John Kerry e o ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, no dia 11, o plano é prover ajuda humanitária de urgência à população atualmente cercada por forças governistas ou oposicionistas, até que um cessar-fogo definitivo seja negociado. Outro objetivo é viabilizar a retomada das negociações diplomáticas entre as partes envolvidas. No dia 3, representantes oposicionistas abandonaram as reuniões de paz da ONU, alegando que a Rússia desrespeita a Resolução 2245, que condiciona as tratativas de paz à suspensão de investidas militares. Enquanto a negociação se desenvolvia em Genebra, bombardeios russos permitiram que o regime sírio recuperasse boa parte das áreas controladas pela oposição na cidade de Aleppo. A oposição acusa os EUA de leniência com o apoio russo ao governo de Bashar al-Assad e teme que as iniciativas diplomáticas signifiquem na prática vantagem militar para o regime. Os russos, por sua vez, afirmam que a dominação dos rebeldes em Aleppo causa sofrimento civil, incluindo privação de alimentos e água pela população. Se executado o plano, será a primeira vez em cinco anos de guerra que haverá interrupção da violência. O acordo não acaba com os ataques contra o Estado Islâmico e a Frente al-Nusra. Ao contrário dos rebeldes sírios, que são vistos de forma diferente por EUA e Rússia, esses grupos são tidos como terroristas por ambos os países.

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