Rússia e EUA disputam influência no Oriente Médio

No dia 27, o governo do Iraque anunciou a assinatura de acordo de cooperação de segurança e inteligência com Rússia, Irã e Síria, visando o combate ao Estado Islâmico (EI). O pacto retoma e formaliza anos de colaboração militar intermitente entre essas quatro nações, desde a época da Guerra Fria. As negociações de tal acordo não haviam sido informadas aos EUA. Segundo analistas, este seria mais um exemplo da expansão militar e política da Rússia no Oriente Médio, desafiando a influência dos EUA na região. O Iraque tem permitido acesso a seu espaço aéreo à Rússia, como rota alternativa para o envio de equipamentos e tropas à Síria. O trajeto se tornou mais importante desde que a Bulgária, a pedido dos EUA, impediu a passagem de aviões de transporte russo em seu espaço aéreo. Apesar de concordarem quanto ao combate ao EI, EUA e Rússia divergem quanto à permanência do presidente sírio, Bashar al-Assad. A Rússia é aliada de al-Assad e apoia sua manutenção no poder. Em entrevista no fim de semana, o presidente russo Vladimir Putin afirmou que as únicas forças legitimas lutando contra o EI na Síria são as tropas de al-Assad. Putin condenou ainda os EUA por financiarem grupos rebeldes no país. O secretário de Estado, John Kerry, e o ministro de Relações Exteriores, Sergei Lavrov, se reuniram às margens da reunião da Assembleia Geral da ONU para coordenar ações contra o EI. Fontes do governo acreditam que o encontro entre Putin e o presidente Barack Obama, na ONU, será fundamental para se chegar a um consenso sobre a situação na Síria.

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