Energia e Meio Ambiente

Maior greve nacional em décadas afeta refinarias

A maior greve desde 1980 pode reduzir as atividades em mais da metade das refinarias de petróleo nos EUA. Iniciado no dia 1o., o movimento é liderado pelo Sindicato dos Metalúrgicos (USW, na sigla em imglês), que representa empregados de mais de 200 refinarias, oleodutos, terminais e indústrias petroquímicas. As paralisações têm a adesão de 3.800 trabalhadores e atingem nove refinarias, que produzem o total de 1,8 milhão de combustíveis por dia. Uma delas teve as operações interrompidas, enquanto outras seis funcionam emergencialmente. Até agora, 10% da produção nacional de derivados de petróleo foram comprometidos, mas o percentual pode ser cinco vezes maior caso as companhias e o sindicato não cheguem a um acordo em breve. Três gigantes lideram as conversas do lado patronal: Chevron, Exxon e Royal Dutch Shell. A demanda trabalhista é por aumento de salário e benefícios, segurança operacional e contratos empregatícios de 3 anos. O último acordo entre a USW e as empresas ocorreu em 2012, quando a produção de petróleo de xisto começava a crescer. As ações das petrolíferas nas bolsas dobraram desde então, mas não houve melhoria de salário e condições de trabalho. As atuais negociações tiveram início em meados de janeiro, quando o preço do petróleo alcançou os patamares mais baixos desde 2009. Reagindo à deflação, as empresas reduziram investimentos, fecharam algumas plataformas e anunciaram planos para demitir milhares de funcionários em 2015. Somadas à greve, essas medidas já surtem efeito nos preços: o produto negociado nos EUA subiu 10% nos últimos dias, atingindo US$ 49,57.

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