EUA impõem sanções a líderes do Sudão do Sul

O presidente Barack Obama assinou, no dia 1, uma ordem executiva que autoriza a aplicação de sanções econômicas a lideranças do Sudão do Sul. A medida foi motivada pela recorrente violência no mais jovem país do mundo, criado em 2011 após anos de luta pela separação do Sudão. As punições não se destinam ao governo, mas a funcionários estatais e forças de oposição envolvidos na onda de violência que tomou conta do país. A ordem congela ativos nos EUA e nega a emissão de vistos em alguns casos. Além disso, empresas dos EUA ficam proibidas de fazer transações comerciais com os indivíduos penalizados. As sanções ainda não são nominais, cabendo ao secretário do Tesouro Jack Lew e ao secretário de Estado John Kerry a escolha dos alvos. Obama declarou que as penalidades vão ser aplicadas contra todos que ameaçarem a paz, a segurança e a estabilidade do país. A preocupação é com abusos de direitos humanos, uma vez que o conflito já causou a morte de milhares de civis e o deslocamento de quase um milhão de pessoas. Outra questão é a queda de 20% na produção de petróleo do Sudão do Sul. A crise começou em dezembro do ano passado com a disputa étnica e política entre as guardas presidenciais, lideradas pelo ex-vice-presidente Riek Machar, e o presidente Salva Kiir. De etnia dinka, Kiir destituiu Machar do cargo em julho de 2013 e agora o acusa de tentativa de golpe de Estado. Machar, que é de etnia Lou Nuer, nega a acusação. As disputas ocorrem desde a independência e tem como principal objetivo o controle sobre as regiões de produção de petróleo, responsáveis por 98% da receita nacional.

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