Brasil deve ir à OMC contra nova lei agrícola dos EUA

Membros dos Departamentos de Comércio e de Agricultura reuniram-se com o ministro brasileiro da Agricultura, Neri Geller, nos dias 25 e 26. O objetivo do encontro, em Brasília, foi solucionar a disputa sobre subsídios agrícolas sem que o Brasil precise recorrer a retaliações comerciais. A reunião não produziu resultados significativos e o Brasil deve seguir com o pedido de recurso à OMC para avaliação da lei agrícola aprovada em fevereiro no Congresso dos EUA. A organização vai verificar se a nova lei modifica significativamente programas de subsídios a produtores de algodão dos EUA, que causaram a condenação do país em disputa anterior. Produtores brasileiros criticam particularmente os programas GSM 102 e STAX. A Confederação Nacional da Agricultura e da Pesca afirmou que o programa de subsídio e crédito à exportação (GSM) continua distorcendo o comércio internacional de algodão. Agricultores encaram o novo plano de financiamento agrícola (STAX) como ainda mais problemático. Os brasileiros criticam o sistema por assegurar o custo quase total do plantio em subsídios. Na reunião em Brasília, os EUA também não se manifestaram sobre a dívida milionária com o Instituto Brasileiro do Algodão, acumulada desde a suspensão do pagamento das compensações em setembro de 2013. Um acordo entre os países, em 2010, garantia mensalidades no valor de US$ 12,75 milhões ao instituto. Em troca, o Brasil se comprometeu a não retaliar os EUA até a aprovação de uma nova lei agrícola. Após discussões em Brasília, os EUA não assumiram nenhum compromisso com a modificação das atuais políticas de financiamento agrícolas.

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