Governo pune instituição europeia por violar sanção ao Irã

O Departamento doTesouro anunciou, no dia 23, um acordo de US$ 152 milhões com o Clearstream Banking, uma subsidiária em Luxemburgo da bolsa de seguros alemã, Deutsche Börse. O Clearstream foi considerado culpado de facilitar o acesso do Irã ao sistema financeiro dos EUA entre 2007 e 2008, contrariando sanções em vigência. A iniciativa do Departamento tem dois objetivos. O primeiro é dar uma resposta a políticos e setores conservadores, que acusam o governo dos EUA de relaxar na aplicação das sanções. Embora as penalidades estejam previstas por lei, o Executivo tem a prerrogativa de não aplicá-las. Os grupos conservadores também temem que o otimismo com o acordo provisório negociado com o Irã favoreça o país para além dos termos estabelecidos. De acordo com o entendimento recente, o Irã se compromete a suspender parte de seu programa nuclear em troca de alívio parcial das sanções. A preocupação dos conservadores se deve ao entusiasmo por parte de empresas europeias, principalmente as petrolíferas, com a possibilidade de voltar a negociar com o Irã. Várias delas mandaram ou planejam enviar delegações comerciais ao Irã, país que tem um mercado doméstico de 75 milhões de pessoas. O segundo objetivo do Departamento ao punir a instituição financeira foi justamente frear os ânimos do mercado e evitar que o volume de comércio com o Irã aumente além do permitido pelo recente acordo nuclear. De acordo com David Cohen, subsecretário responsável pela aplicação das sanções, o Irã não está aberto a negócios. A reaproximação entre EUA e Irã é atribuída a várias razões geopolíticas, mas também à pressão de setores econômicos e financeiros no mundo.

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