O Departamento do Trabalho informou, no dia 8, que a taxa de desemprego nos EUA subiu para 7,3% em outubro. Os dados representam um leve aumento em relação ao índice de 7,2% registrado em setembro. Um dos principais motivos da elevação foi o fechamento parcial do governo, causado pelo impasse político sobre a questão do orçamento federal. Devido à metodologia usada pelo órgão, funcionários públicos temporariamente dispensados por conta da paralisação foram contados como desempregados. A expectativa é que o aumento da taxa seja revertido em novembro, retomando a tendência de lento declínio do índice nos últimos meses. Apesar da alta, os dados surpreenderam positivamente. O órgão reportou que 204 mil empregos foram criados no mês, superando as previsões de economistas, que giravam em torno de 120 mil. O setor privado foi o grande responsável pelo incremento, enquanto os postos no governo diminuíram em 8 mil. O segmento de lazer contribuiu com 53 mil empregos. O comércio varejista e o setor de serviços criaram 44 mil postos cada, e a construção civil 11 mil. A indústria gerou 19 mil empregos, o maior número desde abril. Além disso, o Departamento revisou a estimativa de criação de postos do mês de agosto, que subiu de 193 mil para 238 mil. Já os números de setembro foram atualizados de 148 mil para 163 mil. O resultado aliviou temores sobre o impacto da paralisia do governo no nível de emprego. Embora não apostem em uma alteração em dezembro, analistas acreditam que o Fed se sentirá seguro para começar a reduzir seu programa de estímulo econômico caso a tendência de melhora no mercado de trabalho continue.