Aproximação entre Irã e EUA gera reação negativa em Israel

O secretário de Estado John Kerry e o ministro das Relações Exteriores iraniano, Mohammad Javad Zarif, vão se reunir esta semana na ONU. O encontro será o primeiro entre chanceleres dos dois países no governo Obama. A possibilidade de os presidentes Hassan Rouhani e Barack Obama se encontrar já foi descartada. Caso uma reunião tivesse acontecido, teria sido a primeira em nível presidencial entre Irã e EUA desde 1979.  Esses sinais diplomáticos indicam chance de diálogo sobre o programa nuclear iraniano e o alívio das sanções ocidentais. Apesar de ter o aval momentâneo do líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, a reaproximação gera desconfiança em Israel. No dia 19, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que a disposição para o diálogo por parte do Irã não passa de uma fraude. De acordo com o The Jerusalem Post, Netanyahu pretende usar seu discurso na Assembleia Geral da ONU para comparar o Irã à Coreia do Norte. O objetivo seria lembrar que Pyongyang também concordou em encerrar seu programa nuclear em troca de suspensão das sanções em 2005. Apesar do fim das punições, os primeiros testes nucleares norte-coreanos foram realizados com sucesso no ano seguinte. O governo israelense pressiona por medidas mais assertivas contra o Irã, inclusive o uso de força militar. A AIPAC, maior associação pró-Israel nos EUA, publicou uma nota no dia 20, dizendo que nenhuma sanção contra o Irã deve ser suspensa antes que o país dê provas concretas de renúncia ao programa nuclear. As declarações de Netanyahu e da AIPAC são vistas como uma forma de intimidar Obama.

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