Senadores divergem sobre ajuda militar dos EUA ao Egito

O Congresso dos EUA está dividido sobre manter a ajuda militar anual de US$ 1,3 bilhão ao Egito. Participando de programas de TV no dia 18, congressistas de ambos os partidos disseram ser contra a assistência. O senador Keith Ellison (D-MN) defende vincular o auxílio à restauração da democracia e ao fim da repressão. De acordo com o senador Lindsey Graham (R-SC), suspender a ajuda e congelar os investimentos seria uma mensagem vigorosa dos EUA a favor da democracia. Para o senador John McCain (R-AZ), a posição pouco assertiva do governo federal prejudica a credibilidade dos EUA no Oriente Médio. MCCain e Graham foram ao Egito, no último dia 6, a fim de negociar uma saída para a crise instaurada desde que os militares egípcios depuseram o presidente eleito, Mohamed Morsi, no início de julho. Embora ambos neguem, a mídia afirma que a viagem foi a pedido do presidente Barack Obama. O esforço foi infrutífero. McCain voltou com a certeza de que a deposição de Morsi foi um golpe e de que a junta militar não respeita a opinião dos EUA. Os dois senadores dizem que a postura da Casa Branca contradiz valores defendidos pelos EUA. A opinião desses conservadores não é consensual no Senado, nem no próprio Partido Republicano. Segundo o senador Pete King (R-NY), cortar o auxílio reduziria a influência dos EUA sobre o governo egípcio provisório. Do total de 2013, ainda faltam ser transferidos US$ 585 milhões ao Egito. No dia 19, um porta-voz do Departamento de Estado disse que tecnicamente a administração está desobrigada de remeter essa verba em função do sequestro orçamentário vigente.

Realização:
Apoio:

Conheça o projeto OPEU

O OPEU é um portal de notícias e um banco de dados dedicado ao acompanhamento da política doméstica e internacional dos EUA.

Ler mais