EUA cortarão compensação paga ao Brasil pelo caso do algodão

O secretário de Agricultura Tom Vilsack declarou, no dia 7, que seu governo reduzirá pagamentos feitos ao Brasil como parte do acordo entre os dois países sobre os subsídios à produção de algodão nos EUA. Em entrevista realizada durante visita ao Brasil, o secretário afirmou que Washington pagará, em setembro, apenas metade da compensação mensal acordada devido a cortes no orçamento federal. Em 2010, os EUA se comprometeram a pagar US$ 147 milhões anuais ao Instituto Brasileiro do Algodão. O arranjo evitou uma retaliação comercial por parte de Brasília, que havia vencido, em 2005, um caso na OMC envolvendo subsídios concedidos a produtores de algodão dos EUA. O acordo temporário seria mantido até que o Congresso aprovasse uma nova legislação agrícola, alterando as práticas contestadas. Vilsack afirmou ainda que Washington não efetuará mais pagamentos a partir de setembro a não ser que o Congresso altere os cortes orçamentários ou cancele os subsídios. A compensação não está prevista no orçamento federal para o ano fiscal de 2014, que começa em outubro. Segundo analistas, apesar da exigência para que o Departamento de Agricultura reduza em 5% seu orçamento devido aos cortes, os pagamentos ao Brasil não teriam necessariamente de ser afetados na mesma proporção. Além disso, o Executivo teria autoridade para estender a compensação, que não precisou ser aprovada pelo Congresso em 2010. Os especialistas acreditam que a escolha seria uma estratégia da administração Obama para pressionar os congressistas, através da ameaça de retaliação externa, a concluir a lei agrícola e resolver a disputa comercial.

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