Energia e Meio Ambiente

México amplia rede de gasodutos com os EUA

A rede de gasodutos entre EUA e México deve ser ampliada até 2016, duplicando a capacidade de exportação para o país mexicano. Os gasodutos Northwest, Chihuahua e Los Ramones aumentarão a rede mexicana de distribuição, beneficiando regiões mal abastecidas, como o norte e o centro. A ampliação é necessária para atender à demanda do país latino, que saiu de 3,85 bilhões de metros cúbicos (bcm) anuais, em 2001, para 18,07 bcm, em 2011. O aumento do consumo coincidiu com o boom de oferta de gás nos EUA, favorecido pela exploração das reservas de xisto na última década. A forte queda no preço do gás nos EUA estimulou as exportações para o México, que hoje importa cerca de 80% de sua demanda do vizinho. Pesquisadores dizem que o comércio de gás é positivo para ambos os países. O México reduz suas compras de gás liquefeito, que tem um custo elevado no mercado internacional. A importação mais barata do recurso contribui para a competitividade da indústria mexicana, que concorre com o Brasil em segmentos importantes, como o setor automotivo. O arranjo também é favorável para os EUA, que precisam exportar sua crescente produção para tentar reverter a queda do preço doméstico do produto. Como México e EUA têm acordo de livre comércio, as licenças de exportação são automáticas e não dependem da aprovação do Departamento de Energia. Desde que o gás de xisto tornou-se uma das maiores promessas para a economia dos EUA, setores econômicos e políticos divergem quanto a preservar a produção para o consumo interno ou exportar parte do gás para mercados com alta demanda.

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