Obama volta a defender fechamento de Guantánamo

O presidente Barack Obama anunciou, no dia 23, novos esforços para fechar a prisão de Guantánamo. Ainda sem data para implementação, o plano inclui a retomada gradual da transferência de prisioneiros para o Iêmen. 56 dos 86 detentos oficialmente liberados para realocação são imenitas, mas os EUA interromperam o envio de presos para o país árabe em 2010. O motivo foi uma percepção do aumento da insegurança no país, principalmente depois que militantes iemenitas treinaram um nigeriano para tentar explodir um avião com destino aos EUA no ano anterior. Obama pediu que o Congresso acabe com as barreiras às transferências, embora muitas delas tenham sido suspensas em 2011. O presidente também requereu ao Departamento de Defesa a escolha de um local nos EUA para que comissões militares julguem alguns detentos. A remoção seria supervisionada conjuntamente pelo Pentágono e pelo Departamento de Estado. Mais de cem prisioneiros fazem greve de fome há cerca de três meses em protesto contra o estado de limbo jurídico em que se encontram. Poucos foram formalmente acusados e a maioria permanece presa sem ter passado por julgamento. A manutenção da prisão, cujo fechamento foi bandeira política de Obama em 2008, custa US$ 150 milhões anuais aos cofres públicos. Além disso, Guantánamo é vista dentro e fora dos EUA como um desrespeito ao direito internacional. Há cinco anos, a Suprema Corte determinou que os presos podiam questionar a legalidade do encarceramento em cortes civis nos EUA. Desde então, foram apresentados 63 pedidos de soltura. Muitos foram acatados, mas a maioria dos reclamantes ainda não foi liberada.

Realização:
Apoio:

Conheça o projeto OPEU

O OPEU é um portal de notícias e um banco de dados dedicado ao acompanhamento da política doméstica e internacional dos EUA.

Ler mais