Pentágono enfrenta dificuldades estratégicas no Afeganistão

A suspeita de infiltração do Talibã no exército afegão apresenta um desafio para a estratégia dos EUA. A desconfiança aumentou depois do dia 20, quando a base militar em que se encontrava o chefe do Estado-Maior, Martin Dempsey, sofreu um atentado. O Talibã assumiu a autoria, confirmando que seus militantes teriam entrado na base. Dempsey estava no país para tratar dos recentes ataques a tropas dos EUA por soldados afegãos. Nove militares foram mortos nos últimos 12 dias, sustentando uma teoria de insurgência no exército local. O governo afegão atribui as mortes à estrutura precária de suas forças, que não teriam capacidade para treinar adequadamente todos os recrutas. Como solução, afirma que irá monitorar seus soldados e plantar espiões no exército. Outra versão para os ataques é a de que o Talibã também teria se infiltrado nas instalações militares. Qualquer que seja a causa, o cenário de aumento da violência dificulta os planos para a retirada das tropas em 2014. Um passo importante para o fim do conflito é a transferência do controle da segurança para o governo afegão, o que só pode ocorrer com um grau mínimo de confiabilidade. O Pentágono nega a hipótese de insurgência ou infiltração, explicando que as baixas entre seus soldados podem ter sido por “disputas pessoais ou choque cultural”. Analistas acreditam que tanto a infiltração do Talibã, quanto a insurgência afegã, exige que se repense a estratégia. O primeiro caso requer operações de contrainsurgência. O segundo, mais grave, indica uma deterioração nas relações militares com o Afeganistão.

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