Exigência de identificação com foto restringe eleitores

Novas leis de identificação de eleitores nos locais de votação podem afetar o resultado das próximas eleições. Entre 2011 e 2012, alguns estados passaram a exigir a apresentação de documento com foto no dia da eleição. As regras podem atingir mais de 5 milhões de eleitores, que não atenderiam à exigência. Estados como Ohio, Pensilvânia, Flórida, New Hampshire, Wisconsin e Virgínia, onde não há preferência clara na disputa presidencial, estão entre os que adotaram o procedimento. A maior parte de eleitores sem documento com foto é composta por estudantes, negros e hispânicos. Estes segmentos foram decisivos para a eleição de Barack Obama em 2008 e são apontados como fundamentais para a corrida atual.  No entanto, parte dessas normas estaduais está suspensa por ter sido questionada judicialmente. Outras ainda não foram aprovadas pelo Departamento de Justiça, que obriga determinados estados a pedir autorização antes de realizar mudanças no processo eleitoral. Republicanos defendem as leis alegando que elas impedem fraudes. Já os democratas argumentam que a real intenção é restringir possíveis eleitores de Obama. O procurador-geral, Eric Holder, declarou que as leis equivalem a um regime de sufrágio limitado pela renda. Um estudo do instituto Brennan Center for Justice apontou  as dificuldades de se adquirir um documento válido para votação nos estados com as restrições. Além das identificações serem pagas, parte das populações locais mora a mais de 16 km das unidades emissoras de documentos. Os centros emissores funcionam durante poucos dias no ano e em horários limitados.

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