Paquistão reabre rota de suprimentos após retratação dos EUA

A secretária de Estado Hillary Clinton declarou, no dia 3, que o Paquistão reabrirá a rota de suprimento da OTAN para o Afeganistão. A decisão se deu após o Departamento de Estado pedir desculpas pela morte de 24 militares paquistaneses em um ataque da organização em 2011. A passagem foi fechada porque Islamabad exigia uma retratação formal dos EUA e negociava uma taxa de até US$ 5.000 por veículo que cruzasse a fronteira norte. Após a reabertura, o valor acordado ficou em apenas US$ 250. Em contrapartida, a Casa Branca deve pedir ao Congresso a liberação de US$ 1,2 bilhão em ajuda militar para o Paquistão. Os recursos, que são um reembolso pelas operações paquistanesas na fronteira afegã, tinham sido congelados devido ao desgaste nas relações entre os dois países. A Casa Branca cogitara a retratação anteriormente, mas o Departamento de Defesa não concordava. Custos de quase US$ 1 bilhão pelo uso de via alternativa na Ásia Central e a importância da via paquistanesa para a retirada das tropas até 2014 parecem ter convencido os militares. Autoridades paquistanesas se vangloriaram em obter um pedido de desculpas de uma grande potência, mas parte da oposição no país criticou o acordo. Os políticos consideram que os EUA não se responsabilizaram inteiramente e que apenas lamentaram o fato, sem realmente pedir desculpas. A questão semântica parece ter sido planejada para evitar que o Congresso dos EUA veja a retratação como uma fraqueza do governo Obama. Líderes talibãs, que não aceitam o uso da rota por forças ocidentais, prometem retomar os ataques aos comboios.

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