EUA devem armar aviões não tripulados italianos

O presidente Barack Obama pretende levar adiante, em duas semanas, um plano para armar aviões não tripulados da Itália. O país europeu possui seis drones para operações de vigilância, mas a intenção é equipá-los para proteger cerca de 4.000 soldados italianos em combate no Afeganistão. A proposta da administração consiste em permitir que os aviões sejam armados com mísseis e bombas teleguiadas de precisão. Em abril, o governo submeteu o plano ao Congresso, concedendo aos congressistas prazo superior aos 40 dias exigidos por lei para análise. Como tal prazo venceu no dia 27, é provável que a venda das armas, que custaria US$ 17 milhões aos italianos, seja concluída em breve. Embora não tenha ocorrido uma objeção formal no Congresso, a ideia de armar os drones italianos divide opiniões. Existe o temor de que esse tipo de tecnologia, considerada estratégica, se difunda por outros países. Por enquanto, os EUA venderam drones armados apenas a seu mais tradicional aliado, a Grã-Bretanha. A senadora Dianne Feinstein (D-CA) se opõe publicamente à ideia, afirmando que tecnologias sensíveis não deveriam ser compartilhadas. A administração Obama, por sua vez, sustenta ser importante compartilhar responsabilidades e dar condições para que países aliados se protejam. Argumentos de caráter econômico também são levantados pelos apoiadores da venda. Segundo a Teal Group, consultoria especializada, o mercado de drones para uso civil e militar deve alcançar US$ 5,8 bilhões em 2017, contra os estimados US$ 4,3 bilhões em 2013.

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