Painel do Senado desaconselha ataque ao Irã

Um painel de especialistas ouvidos pelo Senado, no dia 27, advertiu que uma ação militar contra o Irã pode prejudicar interesses dos EUA na região e até fortalecer o governo iraniano. O general reformado James Cartwright, ex-vice-chefe do Estado Maior das Forças Armadas, disse aos legisladores que a opção militar não é adequada e serve apenas como último recurso. Segundo o general, a capacidade dos EUA de infligir dano ao programa nuclear iraniano é limitada e o país possui a capacidade de reconstruí-lo em relativamente pouco tempo. Quanto aos efeitos indesejados de um ataque, o embaixador aposentado Thomas Pickering afirmou que o Irã iria convencer-se da necessidade de obter armas nucleares para prevenir-se de novas agressões. Segundo Karim Sadjadpour, do Carnegie Endowment for International Peace, uma ação militar preventiva dos EUA também pode unir a população iraniana em torno do governo. Para o painel, haveria consequências negativas aos EUA mesmo que o ataque seja feito por Israel. Cartwright e Pickering concordam que, neste caso, o país seria parcialmente responsabilizado, expondo seus interesses na região a retaliações iranianas diretas ou ataques terroristas. O presidente do Comitê de Assuntos Externos do Senado, John Kerry (D-MA), também questionou a eficácia das ameaças militares como recurso de pressão. Embora admita que as sanções não sejam suficientes para demover o país de ter um programa nuclear, Kerry afirmou que o clima hostil não favorece as negociações que ocorrerão em abril.

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