EUA matam importante líder da Al Qaeda no Iêmen

O clérigo Anwar al-Aulaqi foi morto, no dia 30, em um ataque aéreo conjunto da CIA e do JSOC (Comando de Operações Especiais Conjuntas, em inglês) no Iêmen. Considerado o mais influente propagandista da Al Qaeda, Aulaqi vinha operando na célula da organização no país. Nascido nos EUA e de família iemenita, o clérigo era fluente em inglês, o que contribuiu para que suas mensagens tivessem alcance global. Aulaqi pregou em diferentes mesquitas nos EUA entre 1990 e 2000, onde era tido como moderado. Contudo, após o 11 de setembro, investigações mostraram ligações entre o clérigo e terroristas envolvidos nos ataques. Em 2002, Aulaqi deixou os EUA e passou a fazer sermões jihadistas disseminados pela internet. O clérigo foi citado como fonte de inspiração em pelo menos três tentativas de ataque nos EUA nos últimos anos. Nidal Hasan, responsável pela morte de treze pessoas em 2009 no Forte Hood, Texas, também teria se correspondido com Aulaqi por e-mail dias antes do atentado. Em julho deste ano, o secretário de Defesa Leon Panetta havia apontado o radical como alvo prioritário do combate ao terrorismo. A morte foi classificada como um marco na guerra contra a Al Qaeda pelo presidente Obama. Embora a ação tenha sido celebrada pela administração, especialistas, como o acadêmico islâmico Anjem Choudary, advertem que Aulaqi poderá ser transformado em mártir, o que fortaleceria ainda mais o seu discurso. Outro aspecto controverso de sua morte é a legalidade da ação, uma vez que como cidadão dos EUA, sua vida não poderia ter sido tirada sem um processo judicial.
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