Ajuda externa dos EUA sustenta maioria das despesas afegãs

O Government Accountability Office (GAO, na sigla em inglês) apresentou ao Congresso, no dia 20, um relatório que mostra a alta dependência do Afeganistão em relação à ajuda externa dos EUA. O objetivo do GAO, que é um braço investigativo do Congresso sobre despesas federais, foi mostrar que o governo afegão não apresenta condições de financiar os gastos públicos e reconstruir o país sem assistência estrangeira. O documento indica que, entre março de 2006 e março de 2011, 90% dos US$ 54 bilhões gastos com despesas públicas afegãs foram de doação externa. Os EUA acarcaram com 62% das gastos, e cerca de 50 outros países e várias entidades internacionais, como Banco Mundial e ONU, com 28%. O valor arrecadado pelo próprio governo não cobre sequer a metade dos gastos públicos orçados, como pagamento de salários dos funcionários da administração. Gastos não orçados, que correspondem a aproximadamente US$ 43 bilhões, chegam a ser 100% financiados por doações. Outro agravante para a falta de autonomia afegã é o fato de os gastos públicos terem aumentado 160% nos 5 anos analisados, passando de US$ 5,5 bilhões em 2006 para US$ 14,3 bilhões em 2010. No mesmo período, o relatório destaca que os EUA arcaram com 90% do total das despesas com segurança, enquanto financiaram apenas 39% de outros gastos. Desde 2002, os EUA já destinaram mais de US$ 72 bilhões para garantir a segurança, a estabilidade e a reconstrução do Afeganistão. O presidente Obama solicitou ao Congresso que inclua no orçamento do ano fiscal de 2012 mais de US$ 18 bilhões para continuar atuando no país.
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